Quando criança, sempre fui muito debatedora. Ouvia minha mãe repetir dia após dia: “essa menina nem Froid explica”. Sempre tive um senso crítico muito aguçado e completamente apaixonada pela justiça. Outra característica muito marcante sobre mim é que sempre fui amante da escrita e, consequentemente da leitura, mesmo quando ainda não tinha a menor dimensão do quanto isso impactaria minha vida. Sempre mantive diários, escrevia poemas, cartas aos amigos, cartas a Deus. Escrevi minhas crises de ansiedade, escrevi minhas batalhas e minhas vitórias. Tenho cartas escritas para mim mesma que só abrirei daqui 5 anos. E o que isso tem a ver com a minha carreira? É que aprendi que no mundo de gente grande, escrita vinculada a conhecimento é poder, é alcance, é sucesso. O mercado agora é o cérebro. Escolhi cursar Direito e canalizar toda minha energia no exercício da justiça pela via da advocacia. Nessa caminhada tive algumas formações, trabalhei em dois gabinetes de juiz e dediquei cerca de 10 anos da minha vida coletando experiência e amadurecimento para ser quem sou hoje.